segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
porque precisava de mostrar a minha fragilidade escondida no meu mau-humor. Eu chorei porque vez ou outra ele ainda bate na minha porta e eu o deixo entrar.  Eu chorei porque estou cansada de mim. Chorei de cansaço profundo de sempre me cansar de tudo e tudo sempre se cansar de mim. E chorei porque tudo envelhece com novos cheiros e a vida nunca volta. Eu chorei de pavor da rotina, de pavor do fim, de pavor de sair da rotina e começar outros fins. Eu chorei meu medo de submissão, o meu medo de vomitar, o meu medo de me mostrar pra ti tanto, tanto, e não ter mais o que mostrar. Eu chorei por uma infinidade de coisas e o medo de tu não quereres abrir os mais de um milhão de baús que existem escondidos na caixa cerrada que eu guardo embaixo do meu peito. Eu chorei o meu fim e o medo do meu infinito. E eu teria chorado cinco anos se tu não me dissesse que já era hora de parar. E eu chorei depois cinco anos escondida, porque eu não sei quando parar e não quero que ninguém me diga.

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Eu :3

Eu :3
Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto. Faço férias das sensações. Compreendo bem as bordadoras por mágoa e as que fazem meia porque há vida [...] Estas confissões de sentir são paciências minhas. - Fernando Pessoa

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